Queijos da Serra da Canastra serão vendidos livremente pelo país

Os famosos queijos da Serra da Canastra e outras iguarias de origem animal como salames, linguiças e salsichas produzidos de forma artesanal por pequenos produtores no Brasil estão mais perto de poder circular livremente entre os estados do país. A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira um projeto de lei que dispensa que esse tipo de produto precise do burocrático selo SIF (Serviço de Inspeção Federal) para ser comercializado interestadualmente. Essa tarja leva atualmente cerca de dois anos para ser emitida pelo Ministério da Agricultura.

Com a nova lei, esses produtos artesanais passarão a ser fiscalizados por órgãos estaduais que emitirão um selo chamado “ARTE”, em substituição ao SIF. O ARTE, conforme o texto prevê, deve ter seu processo de emissão desburocratizado.

O texto segue para a apreciação do Senado Federal.

A lei foi uma resposta ao polêmico episódio ocorrido em setembro do ano passado durante o festival de música Rock in Rio, quando a vigilância sanitária vistoriou o stand da badalada chef de cozinha Roberta Sudbrack. Na ocasião, cerca de 160 quilos de queijos e linguiças dentro do prazo de validade foram recolhidos porque não exibia o tal selo do Ministério da Agricultura.

Fonte: O Globo

Governo decide manter critérios sanitários do leite

O Ministério da Agricultura apresentou nesta quarta, dia 11, uma proposta de revisão da norma que estabelece os critérios de produção e qualidade do leite brasileiro. Os índices de contaminação, que ficariam mais rígidos a partir de julho, serão mantidos por pelo menos dois anos.

Coordenadora do grupo de revisão da Instrução Normativa 62 de 2012, Mayara Pinto diz que o grupo concluiu pela necessidade de manutenção dos limites definidos para contagem de células somáticas e contagem de padrão em placas, o que, segundo ela, era a grande ansiedade do setor. “Entendemos que não é momento de rever isso, e sim de focar na parte de educação sanitária, de fomento. Uma das novidades é trazer setor responsável para trabalhar conosco. Ele fará a avaliação do plano de qualificação de fornecedores de leite e auditorias em propriedades rurais para analisar se o plano está sendo bem executado”, conta.

A proposta acaba com um prazo definido para adequação dos produtores às regras e prevê a revisão da norma a cada dois anos. Serão mantidos os índices de contagem bacteriana total, referentes a questões de higiene e manejo do rebanho e estabelecimento, em 300 mil por mililitro (ml), e de contagem de células somáticas, que aponta ocorrência de infecções e doenças no animal, em 500 mil por ml. A instrução normativa em vigência diz que esses índices seriam de 100 mil e 400 mil, respectivamente, a partir de julho para estados do Centro-Sul e, a partir de julho de 2019, para as regiões Norte e Nordeste.

Haverá também controle do leite em silos nos laticínios, com limite de três vezes maior ao cobrado para o produtor. Outra novidade é a interrupção da coleta de leite de produtores que apresentarem resultados da média fora do padrão por três meses consecutivos. “Não é uma sanção. Esse procedimento será adotado pelo próprio estabelecimento dentro do programa de controle de qualidade. Ele tem responsabilidade de estabelecer padrão da matéria-prima que ele quer comprar para fazer seus produtos, e isso temos que deixar limite legal do que ele pode trabalhar”, explica.

O setor produtivo elogiou o texto, mas apontou necessidade de melhorias gerais na sanidade animal do país e em questões como o transporte do leite para atingir maior qualidade. “Não é fácil implementar um programa de qualidade em um país continental, como o Brasil, em 13 anos, e fazer com que os produtores tenham o mesmo padrão de qualidade da União Europeia, que tem clima, infraestrutura e logística diferentes”, diz o presidente da Comissão Nacional de Pecuária Leiteira da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim. Ele elogia a decisão do Mapa de manter os padrões e trabalhar para atingir outros mais rigorosos com o tempo.

Fonte: Canal Rural

Menor oferta de matéria-prima e alta do longa vida dão sustentação aos preços do leite ao produtor

O preço médio subiu 3,4% frente ao pagamento anterior, que já havia registrado aumento de 1,6%, mas ainda assim o preço vigente está 5,0% abaixo na comparação com o mesmo período do ano passado, em valores nominais.

A alta foi puxada pela menor oferta de leite no país e maior concorrência entre os laticínios, com a curva de produção de leite caindo desde dezembro de 2017 nas principais bacias do país.

Os dados parciais do Índice Scot Consultoria de Captação apontam para queda de 2,1% no volume de leite captado em março, frente a fevereiro deste ano.

Com a menor disponibilidade de matéria-prima e o consumo reagindo na ponta final da cadeia (ainda que timidamente) os preços dos lácteos subiram no atacado desde o começo de 2018 e dão suporte às cotações na fazenda. A alta de preços na indústria foi puxada principalmente pelo leite longa vida.

Para o pagamento a ser realizado em abril, referente a produção de março, 73,0% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em alta do preço do leite ao produtor e os 27,0% restante falam em manutenção frente ao pagamento anterior.

Para o pagamento de maio/18, mais de 95,0% das indústrias no Sul, Sudeste e Centro-Oeste apontam para alta nos preços do leite ao produtor.

A expectativa é de que os preços subam até pelo menos o pagamento de julho.

Fonte: Scot Consultoria

Unicamp descobre uso de ‘bactérias do bem’ para deixar o queijo artesanal mais saudável

Uma pesquisadora da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, em Campinas (SP), desenvolveu um mix de “bactérias do bem” que inibem a ação de organismos prejudiciais à saúde na produção de queijo artesanal. Mais de 250 queijos artesanais e industrializados produzidos em Minas Gerais foram analisados, e o resultado pode ajudar produtores a terem maior aceitação dos consumidores.

O estudo selecionou bactérias ácido-láticas, utilizadas normalmente na fermentação de derivados de leite. Esses micro-organismos “do bem” foram adicionados a queijos contaminados artificialmente com a bactéria Lysteria monocytogenes, uma das principais causadoras de doenças em alimentos que podem ser consumidos sem cozimento.

De acordo com a autora da pesquisa, Fernanda Bovo, o uso do mix de bactérias inibiu o crescimento e a interferência da “bactéria do mal”.

“No queijo minas frescal, essas bactérias foram capazes de inibir o crescimento da bactéria do mal. E no queijo minas curado, ela foi capaz de proporcionar a inativação do patógeno”, explica.

Um dos principais entraves da legislação federal é a proibição da comercialização de queijos fabricados com o leite cru. Além disso, a regulamentação da venda do produto exige um tempo de maturação de, no mínimo, 60 dias para que não haja a proliferação de bactérias que façam mal à saúde.

De acordo com José Roberto Filho, comerciante do setor, a legislação não só dificulta a comercialização, como também confunde o vendedor de queijos artesanais.

“A gente tem dificuldade por causa da legislação brasileira, que infelizmente é confusa, dividida em vários níveis, municipal, federal. Então, às vezes tem um produto de outro estado, com o selo pra ser vendido naquele estado e que não pode ser vendido aqui”.

O uso do mix de bactérias do bem pode prolongar a vida útil do queijo produzido de forma artesanal. O uso do mix de bactérias do bem pode prolongar a vida útil do queijo produzido de forma artesanal.

O próximo passo é patentear o mix de “bactérias do bem” para que possa ser usado como mais um ingrediente na receita dos queijos, segundo Fernanda.

“Assim como nós temos o fermento, no potinho para ser adicionado no bolo, a gente teria um produto em forma de pó, por exemplo, para ser adicionado durante a produção do queijo”, ressalta.
Segundo a Unicamp, ainda não há previsão para que esse mix de bactérias esteja disponível para os produtores.

Fonte: G1 Minas

Denominação de origem dos queijos: Mercosul define posição

Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai reúnem-se em Assunção, no Paraguai, para encontro de chanceleres que começa nesta sexta-feira (16/03) a fim de alinhar uma posição oficial do Mercosul sobre a disputa internacional criada com a União Europeia (UE) a respeito do uso de nomes tradicionais de queijos.

Nomenclatura tipos de queijoA UE reivindica que países do Mercosul deixem de usar os termos Parmesão, Gruyère, Roquefort, Fontina, Gorgonzola e Grana em seus produtos uma vez que se referem a denominações de origem de queijos típicos dos países europeus. O assunto foi debatido pelos laticínios brasileiros na manhã da quinta-feira (15/3) em reunião no Conselho Nacional da Indústria de Laticínios (Conil) em São Paulo (SP).

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, que participou do encontro representando os laticínios gaúchos, o setor não aceita as restrições que querem ser impostas. “O setor de lácteos é sempre usado como moeda de troca nas negociações internacionais. Não iremos mais aceitar isso”, frisou. De acordo com o executivo gaúcho, o uso dos nomes de queijos já é uma tradição no mercado brasileiro.

O Sindilat é filiado ao Conil, colegiado que reúne os diferentes sindicatos do país. O grupo também vem fortalecendo sua atuação junto à Federación Panamericana de Lechería (Fepale) para pleitear causas conjuntas e defender interesses do Mercosul.

Ainda em SP, Guerra participou de reuniões na Viva Lácteos e ABLV e na Abiq. “O setor aqui trabalha muito harmonizado por causas coletivas”. Durante a agenda, Guerra também reforçou a importância de apoio nacional para o pedido encabeçado pelo Sindilat de PEP para o Leite. Além do leite em pó, abordou-se a necessidade de adoção da ferramenta para a comercialização de UHT.

Fonte: Sindilat

Famílias retomam hábitos de consumo; manteiga e requeijão se destacam

Aos poucos, as famílias brasileiras começam a retomar alguns hábitos de consumo adquiridos nos tempos de bonança da economia. Depois da longa recessão econômica que fez os consumidores cortarem ou substituírem produtos no dia a dia, a lista de compras voltou a ser incrementada com mercadorias um pouco mais caras. No lugar da margarina, a manteiga retornou à mesa; assim como o óleo de soja foi substituído pelo azeite de oliva. O requeijão, a batata congelada e o pão industrializado também estão de volta ao cardápio dos consumidores.

Consumo de requeijão em retomadaDados da consultoria Kantar Worldpanel mostram que, em 2017, mais de dois milhões de lares voltaram a comprar manteiga pelo menos uma vez no ano – indicador que mostra uma reação do mercado de consumo. No auge da crise, o produto estava presente em 32,94% dos lares brasileiros. Com a retomada, a participação subiu para 36,80% – superior à registrada antes da recessão, em 2014 (34,17%). O mesmo ocorreu com o azeite, que retornou à lista de supermercado de 1,4 milhão de famílias. “À medida que a economia melhora, a primeira cesta a dar sinais de recuperação é a de bens de consumo não duráveis”, afirma a diretora de negócios e Marketing da Kantar, Christine Pereira. A retomada é explicada por um conjunto de fatores: inflação baixa, juros no menor patamar histórico, aumento da renda e ligeira reação do mercado de trabalho.

Famílias retomam hábitos de consumo da fase pré-crise

Outro motor do consumo foi a redução do endividamento das famílias, que chegou a comprometer 22,8% da renda mensal em 2015. De lá pra cá, o indicador seguiu um movimento de queda. Segundo dados do Banco Central, em dezembro do ano passado, já estava em 19,9%.

Cálculos do economista Maurício Molan, do Santander, mostram que o aumento da massa salarial e o recuo do endividamento dos brasileiros devem liberar cerca de R$ 124 bilhões para a economia. “Vemos um crescimento consistente do consumo neste ano, já que o emprego e a renda estão voltando. Tudo isso é muito poderoso.”

A expectativa é de que o varejo tenha um avanço de 4,7% em 2018 – o que deve ajudar a sustentar as previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 3%. Levantamento da Tendências Consultoria Integrada mostra que o aumento do consumo deverá ser puxado em especial pelos Estados do Norte e por São Paulo.

O economista da consultoria, Adriano Pitoli, afirma que quem sofreu mais durante a crise tem potencial para registrar melhor desempenho agora. Ele lembra que a maior disponibilidade dos bancos para emprestar dinheiro também pode ter efeito positivo nesse mercado. Durante a crise, as instituições financeiras fecharam os cofres para novos empréstimos às pessoas físicas. “Mas, vale pontuar que há um longo caminho pela frente para o País retomar por completo os níveis pré-crise”, diz Pitoli. Segundo ele, projeções apontam que apenas em 2021 o Brasil vai voltar ao patamar de consumo de 2013. Essa avaliação é compartilhada pela diretora da Kantar, Christine Pereira. Ela destaca que, apesar de novos compradores e do avanço nas vendas de produtos de maior valor agregado, o desafio é aumentar a frequência de compras, ainda limitada.

Outra dificuldade é que essa onda de consumo, por ora, não deve ser acompanhada de grandes volumes de investimentos. “A ociosidade ainda é muito grande e vai demorar para ter um gatilho de novos investimentos produtivos”, diz Pitoli.

O economista do Santander, no entanto, tem opinião diferente. Segundo ele, apesar do baixo uso da capacidade instalada, há outros investimentos importantes que podem ser feitos agora, como a modernização de parques industriais e a demanda por máquinas no agronegócio, que tem efeito multiplicador na economia. “Os indicadores são bastante positivos, especialmente se levarmos em consideração que estamos saindo de uma grave recessão.”

Fonte: O Estado de São Paulo

Consumo de iogurte é associado a menor risco de doenças cardíacas

Uma nova pesquisa publicada no American Journal of Hypertension traz um belo motivo para colocarmos o iogurte no carrinho na próxima visita ao supermercado. De acordo com ela, o alimento é aliado na prevenção de problemas cardiovasculares entre indivíduos com pressão alta.

Para traçar essa relação, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, analisaram os hábitos de 55 898 mulheres e 18 232 homens. Todos foram seguidos por aproximadamente 30 anos.

Consumo de iogurte é associado a menor rico de doenças cardíacasAo avaliar os dados, os estudiosos notaram que a ingestão de iogurte foi inversamente associada ao risco de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame. Para sermos mais exatos, consumir o alimento duas ou mais vezes na semana diminuiu em 17% a probabilidade de males cardíacos nelas e 21% neles – isso em comparação com quem degustava uma porção do produto menos de uma vez ao mês.

Em comunicado à imprensa, um dos autores da investigação comentou que estudos menores já haviam sugerido que o iogurte faz bem ao coração por se tratar de um produto fermentado por bactérias. Independentemente dos benefícios ligados a esse derivado lácteo – que incluem ajuda na perda de peso e manutenção da saúde óssea, por exemplo –, é bom lembrar que um alimento não faz milagre sozinho.

Complementos que casam muito bem com o iogurte
Cereais, sementes e oleaginosas: abastecidas de fibras, aveia, granola e chia enriquecem o iogurte. Já duas nozes ou castanhas fornecem teores significativos de selênio, zinco, vitamina E…

Mel: incluí-lo pode ser a solução para mascarar o azedinho do iogurte natural – o que mais vale a pena para a saúde. Mas não abuse. Ele é lotado de frutose, um tipo de açúcar.

Frutas: o iogurte não é fonte exemplar de muitas vitaminas. Para suprir essa deficiência, basta acrescentar frutas ao pote. Morango, uva e banana são ótimas pedidas.

Fonte: Saúde Abril

Metodologia facilita a regularização dos produtores de Queijo Minas Artesanal

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) simplificou a metodologia utilizada para a regularização dos produtores de Queijo Minas Artesanal. O Plano de Ação foi desenvolvido em parceria com a Emater-MG, Epamig e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgãos vinculados ao sistema operacional da agricultura que atuam junto aos produtores de Queijo Minas Artesanal.

A partir de agora, as exigências de comprovação obrigatória para o registro da atividade junto ao IMA estão reunidas em cinco requisitos: cumprimento das boas práticas de fabricação; realização de dois tipos de análises – da água e do queijo, de acordo com os parâmetros da legislação vigente; sanidade do rebanho e saúde dos trabalhadores. Segundo o Superintendente de Apoio à Agroindústria da Secretaria de Agricultura Gilson Sales, este realinhamento das exigências obrigatórias vai além de mera simplificação. “A nossa preocupação é garantir a melhoria da qualidade da produção e, ao mesmo tempo, aumentar o número de produtores regularizados no estado. Reduzindo a informalidade, garantimos a oferta de produtos cada vez mais seguros aos consumidores e asseguramos a geração de renda e emprego”, avalia.

Metodologia

 

O plano de ação envolve os produtores regularizados e os não regularizados, que devem solicitar o procedimento junto ao IMA. A queijaria do produtor que ainda não está regularizado passará por uma avaliação da estrutura física para verificar se atende os requisitos mínimos para cadastro provisório. A Emater irá orientar os produtores e promoverá a realização de treinamentos e a Epamig vai auxiliar nas pesquisas e avaliação das análises laboratoriais. O trabalho ainda conta com a parceria dos sistemas Fiemg e Ocemg para a realização das análises de água e do queijo e do Senar também na realização de cursos e treinamentos.

Metodologia de queijos artesanaisAlém de todo o procedimento visando à melhoria da qualidade, serão desenvolvidas várias ações de divulgação do queijo mineiro regularizado em feiras e eventos, realização de concursos estaduais e regionais e divulgação no Programa + Gastronomia, iniciativa do Governo de Minas que reúne todas as ações da administração estadual para incentivar, fomentar e valorizar a cadeia produtiva da gastronomia em Minas Gerais, segmento estratégico para o desenvolvimento econômico do estado.

Legislação

No ano passado, o setor verificou avanços significativos na legislação, como o projeto de lei enviado pelo Governador Fernando Pimentel à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) com o

De acordo com o superintendente Gilson Sales, os cursos serão ministrados a partir de abril e vão abordar as boas práticas de produção agropecuárias e de fabricação do Queijo Minas Artesanal. “Produtores que passaram por esse treinamento há mais de dois anos serão orientados a passar por uma atualização”, explica.

objetivo de avançar na regulamentação da produção e comercialização de todos os tipos de queijos artesanais produzidos no estado. Em janeiro deste ano, também foi sancionada a lei que regulamenta a habilitação sanitária de estabelecimento agroindustrial rural de pequeno porte, categoria que se enquadra a maioria das queijarias com produção familiar.

Outra mudança importante foi trazida pelo IMA, com a definição do período de maturação do queijo Minas Artesanal como mínimo de 14 dias para a microrregião de Araxá, mínimo de 17 dias para a microrregião do Serro, e mínimo de 22 dias paras as microrregiões da Canastra, do Cerrado, do Campo das Vertentes, de Serra do Salitre e do Triângulo Mineiro, até que sejam realizadas novas pesquisas modificando os referidos tempos de maturação.

O superintendente Gilson Sales ressalta, ainda, a parceria da Secretaria de Agricultura com universidades, órgãos de pesquisa, cooperativas e associações de produtores que tem sido fundamental para o reconhecimento e a valorização do queijo mineiro.

Patrimônio

O Queijo Minas Artesanal é considerado patrimônio dos mineiros e é produzido em sete regiões: Canastra, Cerrado, Araxá, Salitre, Serro, Campo das Vertentes e Triângulo. Os queijos destas regiões possuem características próprias que lhes conferem uma identidade regional, em função da altitude, temperatura, tipo de solo, pastagens e umidade relativa do ar.

De acordo com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão estadual credenciado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), atualmente há 268 produtores mineiros cadastrados, aptos para a produção de Queijo Minas Artesanal e habilitados para vender dentro do território mineiro.

Fonte: Ascom Seapa

A invasão da búfala no mercado brasileiro

A marca Búfalo Dourado acaba de colocar nas gôndolas um queijo tipo grana padano feito com leite de búfala. Essa também foi a matéria-prima de um queijo cottage lançado pela Levitare. A categoria ainda conta com requeijão, ricota, manteiga, queijo frescal…

De acordo com a nutricionista Ana Paula Del’Arco, consultora da Viva Lácteos, em geral o leite desse animal tem mais proteínas e menos colesterol do que a bebida da vaca. Só que carrega quase o dobro de gorduras.

Queijo de Búfala - LC Bolonha

Queijo de Búfala

A pesquisadora Renata Costa, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), conta, porém, que a fração gordurosa é formada por mais ácidos graxos conjugados, o CLA. E esse componente já está associado a ganhos ao sistema imune e proteção cardiovascular. Então, na hora das compras, guie-se pelo rótulo… ou pelo sabor.

Menos alergênico?
Quem tem reações alérgicas ao ingerir leite de vaca e derivados não deve se empolgar com os produtos procedentes da búfala. A nutricionista Renata Pinotti, do Hospital da Criança e Maternidade de São José do Rio Preto, no interior paulista, esclarece que as proteínas – substâncias que disparam a alergia – dos dois leites são bem similares. O mesmo vale para as bebidas de cabra e ovelha.

Leites de vaca versus búfala
Veja os nutrientes que costumamos encontrar em 250 mililitros (ou uma xícara de chá) dos dois produtos na versão integral

Leite de búfala

Proteína – 9,1 g
Cálcio – 412 mg
Calorias – 237 cal
Gorduras – 16,8 g
Leite de vaca

Proteína – 7,9 g
Cálcio – 276 mg
Calorias – 146 cal
Gorduras – 7,9 g

Fonte: Saúde Abril

Processadores de cacau estimam retomada do setor em 2018

Depois de uma sequência de safras castigadas por estiagens, a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) prevê melhora do mercado e da produção do fruto este ano.

Em nota, Eduardo Bastos, diretor executivo das AIPC, afirmou que este é um ano de mudanças e retomada do setor. O executivo acredita no aumento do consumo interno e também das exportações do produto. “Estamos no início de um ciclo virtuoso”, avalia

Os produtores reduziram drasticamente a produção de cacau no país nos últimos anos — além da crise hídrica, o setor diz ter sofrido prejuízos com a crise econômica –, impondo a indústria de derivados a elevação de custo devido a maior necessidade de importação. A previsão é de que em 2018 a entrada do insumo exportado no país caia aproximadamente 35% e a moagem chegue a 220 mil toneladas.

Neste ano, com uma melhora das chuvas e da maior produção no campo, a expectativa é de que as empresas recebam 10% mais o volume de cacau, elevando de 162.130 toneladas em 2017, para cerca de 180 mil toneladas em 2018. Com isso a necessidade de importações deve cair, diminuindo de cerca de 60 mil toneladas para 40 mil toneladas, aponta o AIPC.

Os processadores de cacau, ainda cautelosos, apontam uma elevação de aproximadamente 1% na moagem em 2018, em comparação ao ano anterior, subindo de 218 mil toneladas em 2017, para algo em torno de 220 mil toneladas.

“O país segue crescendo e a inflação está controlada. Temos observado a recuperação da economia, e a sinalização positiva para o crescimento do mercado este ano, o que aponta para uma melhora no apetite do consumidor. Quanto maior a renda, maior o consumo de chocolate. Entretanto, é preciso observar que ainda estamos em um ano de instabilidade política e de muitas incertezas em relação ao cenário eleitoral. O que sempre acaba impactando a economia”, observa Eduardo Bastos.

Fonte: Globo Rural